São 23h30 e em um lugar onde não vale o horário de verão, Monica só quer fazer café.
Esqueceu da Tequila e dos Beijos da meia-noite.
Esqueceu da Ju, Lu e Tati; do Caco, Teo e Du.
Monica quer se manter acordada para ver se a vida passa mais devagar.
não quer sonhar em mudar o mundo, que gira e não muda;
não quer viver de mentir para os outros para aliviar a dor de ser o não ser.
Ela não quer uma chance para ser mediocre.
quer saber tudo e girar em torno de seu próprio eixo;
quer abusar de pensamentos contraditórios, desconexos e disléxicos.
Esqueceu da hora. Esqueceu agora.
Viveu intensamente o porvir, com pó de café Bom dia.
Às 6 da manhã dormiu.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Um pedaço de mim para Bê (ou sobre como ser feliz para sempre sabendo que...)
Quer sentimento mais democrático que a tristeza? A tristeza é uma inquietação gostosa que brota e só desaparece quando o que nos incomoda some.
Felicidade é overrated.
A evolução depende dos insatisfeitos; é por isso que em todo mundo, o direito mais conhecido é o da busca pela felicidade: os inquietos buscam e conquistam muito mais. Os poderosos sabem disso.
...e quem disse que era fácil?
{Meus cadernos andam cheios}
Felicidade é overrated.
A evolução depende dos insatisfeitos; é por isso que em todo mundo, o direito mais conhecido é o da busca pela felicidade: os inquietos buscam e conquistam muito mais. Os poderosos sabem disso.
...e quem disse que era fácil?
{Meus cadernos andam cheios}
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
.Filosofia e vodka.
Ser intenso está na moda ainda que supervalorizado o ser imediato.
Ser imediatamente intenso, intensamente imediato. Não importa se a noite dura menos de 4 horas, o que importa é o que você faz dessas (e nessas) horas noturnas. O que importa é o que as pessoas vão pensar que você fez dessas (e nessas) horas.
Se a noite for boa: fotos, fotos, fotos, post, follow, post! Se ruim: fotos, fotos, fotos, post, post, follow! Privacidade e silêncio já foram valores muito importantes; hoje são só uma frase no discurso de celebridade instantânea.
A busca pela intensidade efêmera é tão grande, e tão esquisita, que os mais engajados, até para falar de lixo, fazem poesia: "Pedindo a Terra socorro, separei o papel do metal, o metal do orgânico, o orgânico das pilhas e baterias. Assim a Terra sorriu renovada, reciclada". Existe muita insegurança disfarçada de complexidade.
E... Por que, hein?
Pode ser uma reação contra a geração anterior de carros e músculos. Micaretas e pitbulls. Loiros e a Família Gracie. Afinal, quem está no topo da família fashionista são os fãs de disco de vinil, fusca 66 e Andy Warhol: antes se cultuava o 'no brains' e agora o 'brains... a lot!'.
Qual a razão do anseio pelo intenso? O que aconteceu com o frugal? Será que tudo na vida tem que valer a pena? Podemos ser nós mesmos? Olá! Tem alguém aí?
Eu me adapto melhor com o que está na cena cultural desses dias, admito, mas questiono a veracidade do interesse de outros. Afinal, nada mudou tanto assim para as tendências inverterem as pessoas. Ou as pessoas inverterem as tendências... já nem sei.
A maioria sempre se diverte, gosta de arte, não gosta de TV, ama Caetano, e nem sabe por quê. Isso parece mais cartilha do que gosto pessoal.
Pouco tempo, muitas conquistas. Sejam sexuais, intelectuais, intelectuais com motivos sexuais ou sexuais com motivos intelectuais. Seja noitada e vodka ou filosofia e vodka, o que se quer é acumular. Acumular e mostrar. Mostrar e impressionar. E quem disse que impressiona?
Quem é um pouco inteligente percebe que nesse mercado, o capital maior é o ego. Dependendo da cotação, as pessoas se vendem ou se compram.
Tudo em nome da supervalorização do eu.
Ser imediatamente intenso, intensamente imediato. Não importa se a noite dura menos de 4 horas, o que importa é o que você faz dessas (e nessas) horas noturnas. O que importa é o que as pessoas vão pensar que você fez dessas (e nessas) horas.
Se a noite for boa: fotos, fotos, fotos, post, follow, post! Se ruim: fotos, fotos, fotos, post, post, follow! Privacidade e silêncio já foram valores muito importantes; hoje são só uma frase no discurso de celebridade instantânea.
A busca pela intensidade efêmera é tão grande, e tão esquisita, que os mais engajados, até para falar de lixo, fazem poesia: "Pedindo a Terra socorro, separei o papel do metal, o metal do orgânico, o orgânico das pilhas e baterias. Assim a Terra sorriu renovada, reciclada". Existe muita insegurança disfarçada de complexidade.
E... Por que, hein?
Pode ser uma reação contra a geração anterior de carros e músculos. Micaretas e pitbulls. Loiros e a Família Gracie. Afinal, quem está no topo da família fashionista são os fãs de disco de vinil, fusca 66 e Andy Warhol: antes se cultuava o 'no brains' e agora o 'brains... a lot!'.
Qual a razão do anseio pelo intenso? O que aconteceu com o frugal? Será que tudo na vida tem que valer a pena? Podemos ser nós mesmos? Olá! Tem alguém aí?
Eu me adapto melhor com o que está na cena cultural desses dias, admito, mas questiono a veracidade do interesse de outros. Afinal, nada mudou tanto assim para as tendências inverterem as pessoas. Ou as pessoas inverterem as tendências... já nem sei.
A maioria sempre se diverte, gosta de arte, não gosta de TV, ama Caetano, e nem sabe por quê. Isso parece mais cartilha do que gosto pessoal.
Pouco tempo, muitas conquistas. Sejam sexuais, intelectuais, intelectuais com motivos sexuais ou sexuais com motivos intelectuais. Seja noitada e vodka ou filosofia e vodka, o que se quer é acumular. Acumular e mostrar. Mostrar e impressionar. E quem disse que impressiona?
Quem é um pouco inteligente percebe que nesse mercado, o capital maior é o ego. Dependendo da cotação, as pessoas se vendem ou se compram.
Tudo em nome da supervalorização do eu.
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